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O câncer é uma doença crônica, onde ocorre uma multiplicação desorganizada das células, acometendo tecidos e órgãos e pode atingir crianças, mulheres e homens em qualquer idade.
No Brasil, é a segunda principal causa de morte, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), até 2025, serão diagnosticados 704 mil novos casos de câncer no país.
Nas últimas três décadas, observou-se um aumento de 80% no diagnóstico de câncer em pacientes mais jovens. A cada ano, entre 20 e 30 mil pacientes diagnosticados com câncer encontram-se em idade reprodutiva e desejam engravidar.
Os tipos de câncer mais frequentes no Brasil são o câncer de mama feminino, com 73 mil novos casos, e o de próstata, com 71 mil novos casos.
Esse aumento nos casos de câncer é atribuído a mudanças nos hábitos de vida moderna, como sedentarismo, aumento do consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, consumo de alimentos industrializados, exposição ao sol e infecções, como o papilomavírus (responsável por 90% dos casos de câncer de colo uterino), HIV (aumentando a incidência de Sarcoma de Kaposi), vírus da hepatite B e C (aumentando o risco de câncer de fígado), e infecções pelos vírus HTLVI e HTLVII, associadas ao risco de leucemia e linfomas de células T.
Além da obesidade, um dos principais fatores de risco, presente em 25% dos adultos brasileiros, há também fatores hereditários, presentes em 5 a 10%, sendo os cânceres de mama e ovário os mais comuns. Pacientes com a presença do gene para a mutação BRCA1 têm uma chance elevada de desenvolver câncer, chegando a 87%.
É importante destacar que, com o avanço da tecnologia no diagnóstico precoce e tratamento, houve um aumento significativo na taxa de cura do câncer. Contudo, é crucial abordar a qualidade de vida e o planejamento futuro, especialmente para pacientes que desejam engravidar após a sobrevivência.
O tratamento do câncer pode afetar a fertilidade de maneira transitória ou permanente, dependendo do tipo de tumor, estágio e condição geral do paciente. As formas de tratamento mais comuns são a quimioterapia, radioterapia e cirurgia.
Tanto a quimioterapia quanto a radioterapia têm o objetivo de destruir células cancerígenas, mas também podem afetar células saudáveis, incluindo as do ovário e do testículo, diminuindo o número de óvulos e espermatozoides. O impacto na fertilidade varia conforme o tipo de medicamentos quimioterápicos, a dose utilizada, o local da radiação e a idade do paciente.
Algumas medidas podem ser adotadas para mitigar os efeitos do tratamento na fertilidade, como o uso de medicamentos antagonistas de GnRH e tomografia computadorizada no tratamento radioterápico.
Quando o paciente recebe o diagnóstico do câncer, é importante abordarmos sobre o desejo de gravidez no futuro, pois o tratamento pode ter impacto na sua fertilidade. Muitas vezes, a única forma de conseguir ter filhos no futuro é através do congelamento de óvulos nas mulheres e de espermatozoides nos homens antes de iniciar o tratamento. Sendo essa a melhor estratégia para a preservação da sua fertilidade.
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