Considerado um problema ginecológico pouco conhecido pelas mulheres e muitas vezes confundido com outras doenças similares, a Adenomiose é uma doença comum e pode acometer uma em cada dez mulheres no mundo, Segundo a Organização Mundial da Saúde.
No Brasil, estima-se que 150.000 novos casos sejam registrados anualmente.
A doença pode ser definida como a presença de tecido endometrial no miométrio, ou seja, é uma condição em que o tecido do endométrio (células que revestem a parede uterina) está presente também na parede muscular interna do útero (miométrio).
Essa condição é mais recorrente em mulheres que tiveram um maior número de gestações, aparecendo entre os 20 e 30 anos.
Em muitos casos, a doença não apresenta sintomas. Porém, os mais comuns são a forte dor pélvica e o sangramento excessivo.
A forma de identificar a Adenomiose é por meio de alguns exames, entre eles: ultrassonografia, ressonância magnética da pelve e a histeroscopia diagnóstica com biopsia dirigida, um exame mais profundo, capaz de auxiliar no diagnóstico.
O tratamento varia de acordo com a idade e gravidade dos sintomas. Porém, pode ser feito com uso de medicamentos ou por meio de procedimentos cirúrgicos.
Sua associação com a infertilidade é muito comum. Como a doença causa alterações na parede uterina, o óvulo fecundado pode ter dificuldades para se fixar na parede do útero, podendo causar abortos espontâneos ou falhas na implantação.
Para mulheres com Adenomiose que querem engravidar, a Fertilização in Vitro (FIV), aliada a outros tratamentos, é a técnica de reprodução assistida mais recomendada.
É importante destacar que muitas mulheres não buscam ajuda de imediato quando passam a sentir os sintomas dessa doença, dificultando ainda mais o processo de engravidar.
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