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Câncer de próstata e infertilidade masculina


O Novembro Azul é o mês de conscientização da saúde do homem. É, sobretudo, um alerta para o diagnóstico precoce do câncer de próstata, o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens. No artigo de hoje, vamos abordar a relação da doença com a fertilidade masculina.


Presente no corpo do homem e do tamanho de uma noz, a próstata é a glândula responsável por produzir o líquido que forma o esperma, desenvolvido para nutrir e proteger os espermatozoides. A doença é o resultado de uma multiplicação desordenada das células.


A própria doença e os possíveis tratamentos afetam a função da glândula masculina. Além do tipo de tratamento, a infertilidade é influenciada por três fatores principais: a dose medicamentosa, a duração do tratamento e a localização do tumor. Entre os principais tratamentos podemos citar: quimioterapia, radioterapia, cirurgia para retirada da próstata e tratamento hormonal.


Entenda melhor como cada tratamento funciona:


1- Radioterapia

Considerado um dos tratamentos mais comuns, a radioterapia pode destruir as células responsáveis pela produção de espermatozoides, sobretudo se o tratamento for realizado em doses radioterápicas elevadas. Além disso, as células da próstata irradiada e as vesículas seminais passam a produzir menor quantidade de sêmen, que por sua vez, não tem a mesma capacidade de transportar os espermatozoides.


2- Quimioterapia

Alguns medicamentos utilizados no tratamento quimioterápico podem impedir que os gametas cresçam e se dividam rapidamente. Isso acontece porque as células dos testículos são danificadas e perdem a capacidade de produzir espermatozoides maduros. Doses elevadas de medicamentos aumentam os riscos de interromper a produção de esperma de maneira permanente. Em alguns casos, a produção de espermatozoides pode retornar dentro de 4 anos, mas dependendo da idade, tipo e dose de medicamento, a produção é cessada completamente.


3- Prostatectomia

A cirurgia para a remoção da próstata – denominada prostatectomia radical – é indicada para pacientes que possuem câncer de próstata localizado, ou seja, quando a doença está confinada na próstata e dentro dos limites da cápsula prostática. Como a próstata é responsável por produzir parte do líquido seminal que serve para nutrir e transportar os espermatozoides, sua remoção implica no fim da fertilidade.


Mas lembrem-se, assim como no caso das mulheres, que podem congelar os óvulos para preservar a fertilidade, os homens podem fazer o congelamento de sêmen para preservação da fertilidade.


Sobre a doença:

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que 66 mil novos casos da doença sejam diagnosticados este ano. A incidência é tão alta que para cada 9 homens um terá o diagnóstico da doença ao longo da sua vida. No Brasil, é o segundo tipo de câncer mais comum para o sexo masculino, atrás apenas do de pele não melanoma.


A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que os homens a partir da puberdade devem procurar um profissional especializado, para avaliação individualizada. O início da avaliação do risco de câncer da próstata começa aos 50 anos e, naqueles da raça negra, obesos mórbidos ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata deve começar aos 45 anos.


Lembre-se: Prevenir é melhor que remediar!


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